6 de set. de 2016

Graziela Medori apresentou, em São Paulo o seu novo disco – “Toma Limonada”

O Show de lançamento do seu novo disco – “Toma Limonada” – e exalta a cultura brasileira em um trabalho vibrante

Foto Leco Viana/Leco Viana Photos

 No momento em que o País passa por um momento de crise de identidade – conduzido por um momento político conturbado – Graziela Medori, uma das promessas da nova MPB, prefere a celebração ao Brasil. Por isso, assim como o disco, seu show de lançamento contemplava um clima culturalmente otimista e nacionalista. Realizado no Espaço Cia. da Revista, em São Paulo, a filha do baterista Chico Medori e da consagrada cantora Cláudya fez uma apresentação impecável, cheia de swing e energia, tal qual a vibração de seu último trabalho. “Foi incrível. Uma sensação de conseguir fazer valer tudo aquilo que me move hoje em dia, que está na música, que está em mim”, diz Grazi.

O show abriu com as duas primeiras faixas do disco, “Brasil Multi Raça” e “Samba Malandro”, ambas de Chico Medori. Emocionada, agradeceu a presença de todos e, em seguida interpretou “Um Girassol da Cor do seu Cabelo” de Marcio Hilton Fragoso Borges e Salomão Borges Filho, do Clube da Esquina.  Grazi comentou o fato da música brasileira ser muito valorizada lá fora. “Mesmo cantando em outro idioma as pessoas se envolvem pela melodia da musica”, disse. “Da experiência que tive nos bares gringos, é comovente ver como nossa música tem um encanto inigualável”, completou.

“Na pisada do Baião”, composta por Chico Medori e Paulo César Pinheiro, Grazi falou da época em que o pai tocou com Dominguinhos e ofereceu a canção aos nordestinos, assim como na música seguinte “Lamento Sertanejo”.

No repertório, ainda teve “Top Top”, dos Mutantes, “A Hora é Essa”, de Roberto Carlos e Erasmo, música título do seu primeiro disco, além de “Let me Sing, Let me Sing”, de Raul Seixas, um dos pontos altos do show.

Próximo do final, chamou Claudya para a música “Tá-lento” e, em seguida, o guianês David Hubbard que cantou junto “Golfinho de Ipanena”. Fechou com “Toma Limonada”, faixa título do CD, deixando todos com um largo sorriso no rosto e com a certeza que o Brasil cultural tem muito mais jeito.


Sobre | Graziela Medori

Paulistana, nascida em meio às canções, Graziela Medori vive e respira música desde sempre. Em sua casa, aprendeu a falar e a cantar quase ao mesmo tempo, inspirada pela sua mãe, a consagrada cantora Claudya, e por seu pai, o instrumentista Chico Medori. Aos poucos, sua voz foi chamando a atenção e encantando por sua potência e timbre. Aos 16 anos, decidiu que seria profissional e encararia os palcos. Depois de muitos shows, apresentações em cruzeiros, programas de rádio e televisão, Graziela lançou, em 2011, aos 25 anos de idade, seu debute fonográfico: o disco “A Hora é Essa”, um mosaico de canções que resultam no gosto apurado da cantora, com interpretações poderosas.  “É uma mistura soul, rock, jazz e blues, que se encontram com o samba e resultam em um trabalho bem ousado”, diz Graziela.

Mais madura, Graziela lança, quatro anos mais tarde, seu segundo trabalho: “Toma Limonada”. Com produção e arranjos de Chico Medori, o disco traz regravações de importantes compositores da MPB como Marcos Valle, Márcio Borges, Mutantes e Raul Seixas, mas também canções inéditas como “Nada Mais que Cinema”, de Thiago Pimentel e “Radical”, de sua mãe Claudya em parceria com Luiz Carlos. O destaque é a faixa título, que conta com a participação de Seu Jorge.

Graziela Medori é dona de uma voz original, que consegue dar intensidade a ritmos já consagrados sem perder a singularidade do novo, enchendo de esperança aqueles que sentem falta de novidade e renovação na cena musical brasileira.

Fotos





























Fotos: Leco Viana Photos 

Nenhum comentário:

Postar um comentário